Direção: Peter Watkins - 1974
Duração: 221 min
País de Origem: Noruega - Suécia
São 4 horas de duração que apreciei a cada minuto. A arte de Munch sempre me interessou e mesmo não sendo quadros que se poderia chamar de bonitos são de uma beleza imensa e intensa, retratando o interior do pintor, o que via e sentia. Acompanhamos toda a criação artística que reflete sua vida. Aliás o filme é considerado um dos melhores filmes já realizados sobre o processo de criação artística.
Marcado pela infância que o persegue que o filme nos traz com constantes flash backs. Uma família puritana, a mãe morre quando ele era pequeno de uma hemorragia no pulmão. Neste momento antes de morrer ela o faz prometer que continuará seguindo e amando Jesus. Depois é a morte do mesmo modo de sua irmã Sophie.
Os desencantos amorosos e com as mulheres que define serem de três tipos: a sedutora, a inocente e a mãe, mas que estão em uma só.
O filme mostra sua trajetória e também um painel da história e dos artistas e intelectuais, escritores e filósofos. É o retrato de uma época onde os intelectuais se rebelam contra a burguesia e seus valores. Niilistas, anarquistas, Marx escreve "O Capital". A mulher e a sexualidade.
A pintura de Munch é escura, melancólica, incomoda. Me lembram os quadros dos pacientes de Nise da Silveira. É o psiquismo que se projeta ali. Seu quadro mais famoso é "O Grito".
Peter Watkins nasceu em 1935 no Reino Unido
06/06/16
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