segunda-feira, 31 de agosto de 2015

MINISSÉRIE: SARTRE A ERA DAS PAIXÕES - 2006



Direção: Claude Goretta - 2006
Duração: 190 min
Título Original: Sartre: L'agê des passions 
País: França 

Trata-se de uma minissérie em dois episódios que reconstitui a atuação de J.P. Sartre entre os anos de 1958 e 1964.



Durante estes sete anos acompanhamos Sartre (Denis Podalydès) em seus debates filosóficos, literários e políticos, sua atuação contra a Guerra da Argélia, suas viagens à Cuba e à Rússia, sempre acompanhado de Simone de Beauvoir (Anne Alvaro).

O Filme também traz a vida mais pessoal de Sartre, como seus amores, principalmente neste período por Carla ( Maya Sansa), uma italiana que vivia em Paris e namorava Frédéric (Frédéric Gorny) que se engaja na militância contra a guerra da Argélia e por Lena (Nino Kirtadzé), uma russa. Suas viagens pela Itália, para onde iam praticamente todos os anos, muitas vezes acompanhados de Sylvie (Élisabeth Vitali). Também adentramos um pouco o mundo das editoras com a famosa Gallimard que publicou os livros de Sartre e Simone através das conversas de Sartre e Robert Gallimard (Carlo Brandt). As amizades, as discussões intelectuais, os livros, as impressões e a atuação de Sartre e Beauvoir na revista Os Tempos Modernos.

A todos que se interessam por Sartre e Beuavoir recomendo que assistam. Mas o filme também é um retrato da época, de Paris, da efervescência intelectual , da agitação política que já antecipava o maio de 68. 

Claude Goretta nasceu em 1929 em Genebra, Suíça

LIVRO: É UMA PENA NÃO VIVER - GONÇALO JUNIOR



Gonçalo Junior. Planeta do Brasil, 2015
470 páginas


Uma biografia sobre o educador e escritor Rubem Alves. 

Uma história rica que se inicia no interior de Minas Gerais, passa por várias cidades de Minas, Rio de Janeiro, Campinas e pelos Estados Unidos. Desde uma infância que foi difícil em termos financeiros para sua família que havia perdido tudo, mas que não afetou na época a infância de Rubem, pois como ele mesmo diz, não tinha parâmetros para isto, não sabia o que era ser pobre, até chegar ao Rio e entrar para um colégio onde estudavam vários alunos ricos. E foi justamente aí que um colega ao rir dele o marcou profundamente levando-o a tomar decisões que mais tarde teria que rever e avaliar até que ponto foram boas para ele ou não. 

O relato nos fala da formação intelectual de Rubem e também de seus estudos de teologia, de sua participação na igreja Presbiteriana, e de seu excesso de rigidez moral na época em que seguia e acreditava nos preceitos da igreja. Quando veio a ditadura sofreu uma grande decepção, pois foi justamente estas pessoas da igreja que o denunciaram, levando-o ao exílio nos Estados Unidos para não ser preso. Foi um dos primeiros a falar na Teologia da Libertação apesar de isto não lhe ser creditado após, cabendo a Leonardo Boff este mérito. 

Trabalhou como professor e isto o levou a rever as questões educacionais brasileiras e em geral, criticando-as em busca de uma nova maneira de se educar que fosse mais sensata e de acordo com os dons e habilidades de cada aluno. Uma educação que visa ao viver, e não a passar de ano, obter notas, decorar, aprender coisas que muitas vezes se tornam inúteis na vida de muitos, em prol de um aprendizado mais humanista, voltado para a vida e o bem viver. 

Confesso que a parte que se refere à Igreja Presbiteriana foi um pouco cansativa pois ocupa um grande espaço do livro, mesmo considerando que ela realmente foi uma grande parte da vida de Alves. 

Adentramos também na vida familiar de Alves e dos seus amores, esposa, companheira, filhos. O livro foca mais o lado de Taís, a companheira dele do que a de Lidia, apesar de sua presença e força durante toda a vida de Rubem, mas lemos sobre a dor de Taís com a separação e nada é dito sobre a dor de Lídia quando o marido a deixa para ir viver sozinho e manter uma relação com Taís, com quem ele nunca quis morar junto, o que acabou deteriorando a relação de ambos, apesar do grande amor que os unia. Raquel a filha caçula de Rubens foi um grande aprendizado para ele, ela nasceu com lábio leporino e o céu da boca dividido levando a ser necessário várias cirurgias em sua vida. E foi justamente aí que ele começou a contar histórias que se transformaram em seus livros infantis. Era uma forma de dar coragem à filha. 

É um belo livro, um relato de uma vida vivida, com todos seus obstáculos, perdas, alegrias, vitórias. Vale a pena ler. 

Gonçalo Junior nasceu em Guanambi, BA 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

FILME: UM POUCO DE CAOS - 2014


Direção: Alan Rickman - 2014
Duração: 113 min
Título Original: A Little Chaos
País: Reino Unido

Assisti recentemente "Versailles - o sonho de um rei", documentário com atores, que já postei aqui no Blog. Este filme nos fala do mesmo tema, porém de forma ficcional através de personagens históricos. 

O Rei Luís XIV (Alan Rickman) incumbe o arquiteto André Le Notre (Mathias Schoenaerts) dos jardins de Versailles. Este já assoberbado com a construção de Versailles contrata uma paisagista - Sabine de Barra (Kate Winslet).

Sabine tem um perfil independente, e seu estilo é o oposto ao do famoso arquiteto, mas mesmo assim ele aposta nela apesar das desavenças. Aos poucos eles se aproximam, se tornam mais íntimos, e isto irá incomodar a esposa de Le Notre (Helen McCrory) que visa somente seus interesses junto à corte, e fará de tudo para que o projeto não dê certo. Mas as coisas na corte mudam, a rainha falece e a preferida do rei perde seu lugar, à qual a esposa de Le Notre era ligada. Por outro lado Sabine se aproxima do rei sem o desejar, num encontro por acaso.

Um filme para relaxar. Ao final o que Sabine projeta e constrói é a Sala de bailes, conhecido mais por Rocailles, um lugar místico dos jardins de Versailles.




Alan Rickman nasceu em 1946 em Hammersmith, Londres, Reino Unido.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

FILME: NARCISO NEGRO - 1947


Direção: Michael Powell e Emeric Pressburger
Duração: 104 min
Título Original: Black Narcissus
Roteiro: Michael Powell e Emeric Pressburger 
País: Reino Unido

Baseado no Romance homônimo de Rumer Godden 

Um grupo de freiras lideradas pela jovem Irmã Clodagh (Deborah Kerr) é enviado para um antigo palácio no Alto do Himalaia para estabelecer um convento. Elas serão recebidas por Mr. Dean (David Farrar) um estrangeiro que vive há tempos por ali. O povo local é cheio de crenças e medos, mas estimulados por um pagamento que recebem do líder local eles vão ao Convento onde as freiras oferecem atendimento médico e dão aulas. 




Porém, a presença de Mr. Dean afeta as freiras com sua presença, principalmente Irmã Rose (Kathleen Byron) que já era vista com pouca vocação. A atenção que ele dá à Irmã Clodagh despertará nela os piores sentimentos humanos, o ciúme, a inveja e raiva. Por outro lado a superiora também será afetada pela presença deste homem, lutando contra isto. O desejo que é recalcado pela missão religiosa aparece e pode levar a atos inimagináveis antes. Irmão Rose é quem mais sofrerá e seu desejo por Mr. Dean a levará a insanidade. 



A solidão no alto da montanha, o efeito da natureza como o vento que sopra constantemente, o abismo que as rodeia, tudo isto as afetara psicologicamente.O local acaba provocando em todas elas lembranças do antes de se tornarem freiras. Antes de ser transformado em convento o lugar era uma casa de mulheres, um harém, e possui em suas paredes pinturas eróticas. 



Apesar de ser um filme antigo as paisagens são muito bonitas, assim como a cultura local  é interessante. De uma feita ao tentarem ajudar uma criança que estava à morte e lhe dar um remédio serão acusadas de feitiçaria após a morte da criança. São mundos opostos, e a presença cristã ali não é assimilada. 




Um filme que nos fala do lugar do psiquismo diante de lugares e culturas diferentes capazes de afetar o inconsciente trazendo a tona o recalque, seja de uma vida passada que a opção pelos votos obriga a deixar para trás tentando apagar todos os traços de uma vida anterior, seja despertando novamente o desejo.

Michel Powell nasceu em 1905 em Bekesbourne, Reino Unido e faleceu em 1990 em Avening, Reino Unido e Emeric Pressburger nasceu em 1902 em Miskolc, Hungria e faleceu em 1988. 

sábado, 8 de agosto de 2015

FILME: LA SAPIENZA - 2015


Direção: Eugène Green - 2015
Duração: 104 min
País: França - Itália

O filme atraiu-me por tratar de arte, da bela arquitetura das igrejas na Itália, mas fui surpreendida por outro aspecto. Alexandre (Fabrizio Rongione) é um arquiteto e totalmente racional, sua esposa Aliénor (Christelle Prot) trabalha com o lado humanitário das construções e estudou sociologia e psicanálise. E ambos irão encontrar dois irmãos que são voltados para a espiritualidade. São três formas de ver o mundo que no filme irão se encontrar e oferecer possibilidades diferentes para cada um deles.

Alexandre encontra-se em crise, está em dúvida em relação a tudo que fez e seu casamento não está bem. Ele resolve ir para a Itália e sua esposa o acompanha. Irão primeiro para Stresa, a beira do lago Maggiore,
Será ali que encontrarão os irmãos Goffredo (Ludovico Succio) e Lavínia (Arianna Nastro) num momento onde a jovem se sente mal e Aliénor se prontifica imediatamente a levá-los de táxi para casa.

Alexandre parte para Roma e Aliénor sugere que leve Goffredo com ele, ela deseja ficar para tentar ajudar Lavínia. A viagem se transformará em um aprendizado para ambos e significará a libertação para Alexandre que poderá enfrentar seus fantasmas e a culpa que sente.

As visitas às igrejas e as explicações sobre a arquitetura com a visão de Alexandre e a de Goffredo são extremamente interessantes. Se inicialmente Alexandre estava arredio, aos poucos ele se abre e simpatiza com o jovem e passa a escutá-lo.







Aliénor ao tentar ajudar Lavínia através da psicanálise acabara também compreendendo outras maneiras de ver a vida, por um lado espiritual onde seu conhecimento não pode ajudar muito, apesar do interesse de Lavínia. Há um momento no filme em que o diretor Eugène Green aparece no papel de um imigrante e fala para Aliénor sobre seu destino que leu nas estrelas. 

Um filme interessante que mostra como os saberes podem se mesclar e criar novas possibilidades, o que era impossível enquanto cada um estava em sua própria maneira de ver o mundo e a si mesmo. Um enriquece o outro e abre novas portas, ou como a metáfora do filme, deixa a luz entrar. 

O título do filme deriva de Sant'Ivo alla Sapienza, uma igreja católica que foi construída pelo arquiteto Francesco Borromini, em Roma nos anos 1642-1660, e é considerada uma obra prima do Barroco. 

Francesco Borromini nasceu em 1599 em Bissone, Lago Lugano que hoje pertence à Suíça e faleceu em Roma, Itália em 1667. Foi um arquiteto barroco que competia com o grande mestre Gian Lorenzo Bernini. A morte de Borromini foi algo inesperado, ele queimou todos seus desenhos e se matou com sua própria espada. 

Eugène Green nasceu em 1947 em Nova Yorque, EUA.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

FILME: O HOMEM AO LADO - 2009



Direção: Gastón Duprat e Mariano Cohn - 2009
Duração: 110 min
Título Original: El Hombre de al lado
País: Argentina

Leonardo Kachanovsky (Rafael Spregelburg) e sua família moram em Buenos Aires, na única construção projetada pelo arquiteto Le Corbusier na América Latina, o que leva muitas pessoas a ir ver a casa e tirar fotos. Leonardo também é arquiteto, trabalha como designer e professor. Tudo vai muito bem até o momento em que seu vizinho Victor (Daniel Aráoz) resolve abrir um buraco na parede para obter um pouquinho de sol, conforme ele diz, e que Leonardo e sua esposa Ana (Eugenia Alonso) consideram com uma invasão de sua privacidade, pedindo que ele feche o buraco o que o vizinho não faz. 



Até aqui Leonardo está coberto de razão, afinal Victor nem sequer lhe comunicou isto, ou pediu autorização, e legalmente ele não pode fazer isto, o que então justifica a revolta de Leonardo e Ana, mas a questão não é tão objetiva assim, é muito mais profunda.



Comecemos pela casa, que tem sua visitação proibida mas que está sempre rodeada de pessoas que tiram fotos, o que de certa maneira envaidece os donos da casa, apesar de serem grosseiros com alguns turistas que lhe solicitam uma visita, o que não seria necessário. Então aqui temos um pequeno paradoxo, pois quem deseja privacidade e não ser visto não iria morar justamente numa casa que é objeto de culto, admiração e procurada pelos que desejam vê-la. Mas isto também não é suficiente para justificar que o vizinho possa ter o direito de fazer um buraco na parede. 

O que realmente vai se tornando visível é o preconceito e a intolerância. Leonardo na realidade não consegue se impor, nem ao vizinho e menos ainda à sua esposa Ana que é autoritária, intransigente e que quer apenas seus desejos atendidos. Então ao invés de ser direto e objetivo, ele conta histórias, como a de seu sogro ser dono da casa e não querer o buraco, liga para um advogado que ameaça o vizinho, até chegar a sugerir uma modificação que ficaria bom para todos, com uma janela menor o que Victor aceita e faz, mas Ana não. Por outro lado ele exerce poder e autoritarismo com seu alunos onde ele se sente superior e seguro, não se incomodando de considerar os trabalhos apresentados como primários e cheios de erros e é extremamente grosseiro com uma equipe de televisão durante uma entrevista deixando a mostra seu desprezo pelo o que ele considera massificado e não refinado, que não sabe se diferenciar, como ele e sua esposa. 

Ana é professora de Yoga, muito Zen, e isto é hilário, porque justamente é o que ela não é. A filha passa seu tempo ouvindo música através de fones de ouvido e dançando, sem nunca prestar atenção aos pais. Leonardo e sua família consideram o vizinho um sujeito bruto, sem educação, sem cultura e grosseiro, e isto é o que mais o incomoda. E são eles que acabam espionando o vizinho e fazendo comentários pejorativos. 

Victor é mais autêntico, diz o que pensa, enquanto Leonardo tenta manter uma máscara do que ele acredita ser civilidade e boa educação e com isto é falso e não diz o que realmente pensa e deseja, ele acredita que é um grande artista em sua profissão, e despreza uma pequena apresentação que Victor faz com elementos bem simples como bananas, presunto, e dois dedos vestidos com botinhas, sem perceber que nisto também há criatividade, assim como a escultura que Victor lhe oferece e que Ana manda jogar fora. A cena que mais demonstra isto é quando Victor oferece ao seu vizinha uma conserva de javali feita em casa. Leonardo se preocupa em se mostrar satisfeito em ganhar o presente, isto é de bom tom, mas quando tem que provar.... e se vê obrigado a isto, chega a ser cômico. 





Leonardo faz de tudo para tapar aquela janela que funciona como um Outro para ele e justamente por isto o incomoda e muito. 

O final do filme é impactante. Vale a pena assistir. 

A Casa Curutchet em La Plata, Buenos Aires, foi encomendada a Le Corbusier pelo médico argentino Pedro Domingo Curutchet. Em 1992 a casa tornou-se Sede do Colégio de Arquitetos de Buenos Aires e é considerada patrimônio nacional da Argentina. Em 2014 iniciou-se uma reforma e agora a ideia é criar um centro de documentação tanto do edifício como da obra de Le Corbusier, o arquiteto, urbanista, escultor e pintor de origem suíça e naturalizado francês em 1930. 


 Gastón Duprat nasceu em 1969 em Bahía Blanca, Argentina e Mariano Cohn nasceu em 1975 em Villa Ballester, Argentina 

DOCUMENTÁRIO: A HISTÓRIA SOVIÉTICA - 2008


Direção: Edvins Snore - 2008
Duração:86 min
Título Original: The Soviet Story
País: Letônia

O documentário é perceptivelmente de direita o que, porém, não lhe tira  mérito. Obviamente que as posições são contra o comunismo, mas o que realmente é válido neste documentário é trazer a tona os crimes do regime de Stálin. 

O filme traz um argumento onde teria havido uma estreita conexão filosófica, política e organizacional entre o Nazismo e o Regime Soviético, sendo que Max teria falado sobre o extermínio, o que eu pessoalmente desconheço. O que eu trago em mente é que todo regime ditatorial, totalitário sempre irá eliminar os que são contra seu regime, isto ocorreu em outros lugares também. O que choca no documentário, principalmente para os que desconhecem os crimes do Stalinismo é o que ocorreu na Ucrânia e que é conhecido como Genocídio do Holodomor, entre 1931 e 1933 e o massacre de Katyn na Polônia em 1940 e que até hoje não é considerado crime de guerra ou genocídio, apesar de ter sido um crime bárbaro.

Sobre a colaboração entre a NKVD - polícia secreta soviética e a Gestapo o documentário é bem interessante e finaliza com o que é mais conhecido, quando Stálin acaba fechando com os aliados para obter a vantagem da repartição da Europa e ficar com boa parte para a União Soviética e que depois transformou a vida destes povos em horror com as deportações para os Gulags. 



Holodor significa "deixar morrer de fome", ou seja, pela inanição. O que ocorreu na Ucrânia é monstruoso, com o confisco de toda alimentação que era baseada em cereais e que era vendida para o Ocidente. A Ucrânia ofereceu resistência com sua autonomia cultural e forte identidade nacional o que era intolerável para os soviéticos e por se insurgirem contra as medidas de coletivização forçada e requisição compulsória de cereais, Stálin tomou as medidas que levaram a esta atrocidade. 



Na Polônia, durante a Segunda Guerra ocorreu o massacre da Floresta de Katyn, uma execução em massa de poloneses prisioneiros de guerra e cidadãos comuns acusados de espionagem e subversão.



É importante que isto seja conhecido, pois existe uma tendência a focar no Holocausto perpetuado pela Alemanha de Hitler, mas Stálin matou muito mais, e era seu próprio povo. 




Edvins Snore nasceu em 1974 em Saulkrasti, Letônia

EXPOSIÇÃO: UKIYO-E OBRAS PRIMAS DE HOKUSAI E HIROSHIGE


Ukiyo-e - Obras primas de Hokusai e Hiroshige 
Curadores: Kenichi Hirano e Toshio Koganemaru 
Local: Museu Oscar Niemeyer - Curitiba - PR

A coleção é do Museu de Arte Fuji de Tóquio, Japão, com 70 obras que revelam paisagens, o cotidiano, guerreiros, gueixas e atores teatrais.
Ukiyo-e significa retratos do mundo flutuante. Trata-se de registrar a mudança do mundo feudal para o moderno em imagens em papel pela técnica da xilogravura desenvolvida durante o período Edo (1603-1868). 

Katsushika Hokusai 


Katsushika Hosukai nasceu em 1760  em Edo (atual Tóquio) e faleceu em 1849. Pintor estilo Ukiyo-e e gravurista do Período Edo. É conhecido principalmente por sua série de xilogravuras Trinta e seis vistas do Monte Fuji. 







Hiroshige 

Hiroshige nasceu em 1797 e faleceu em 1858. Pintor e gravador. Sua obra prima é a série de gravuras Tokaido gojusan-tsugi (As cinquenta e três estações do Tokaido) 



EXPOSIÇÃO: A UNIÃO SOVIÉTICA ATRAVÉS DA CAMERA



Fotógrafos:
Leonid Lazarev
Vladimir Lagrange
Yuri Krivonossov
Viktor Akhlomov
Antanas Sutkus
Vladimir Bogdanov
Curadoria: Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova
Local: Museu Oscar Niemeyer - Curitiba - PR 

São seis importantes fotógrafos da União Soviética que narram por meio de imagens a história do país, de 1956 a 1991, ano que houve a dissolução da URSS. O ano de 1956 é um ano contraditório para a União Soviética, Nikita Khrushchev denunciou os crimes cometidos por Josef Stalin e as tropas da União Soviética invadiram a Hungria. Foi o primeiro acontecimento que permitiu uma certa liberdade aos fotógrafos da exposição, deixando de ser uma ferramenta ideológica e podendo adquirir uma nova estética, resgatando técnicas que remontavam ao movimento de vanguarda dos anos 1920. (Catálogo do MON sobre a exposição). 

Leonid Lazarev

Leonid Nikolaevich Lazarev nasceu em 1937 em Moscovo, Rússia


Lembranças da infância - 1957 

Lembranças da infância - 1957 



Vladimir Lagrange 

Vladimir Lagrange 


Sempre com o povo 

"A velhinha"

Idade não é problema - 1982 


Viktor Akhlomov 

Viktor Akhlomov 

Avenida Kalinin, Moscou - 1977


Antanas Sutkus 

Antanas Sutkus nasceu em 1939 em Kluoniskiai, Kaunas, Lituânia. A série Sutkus, Pessoas da Lituânia, é um projeto contínuo iniciado em 1976 para documentar a vida e a mudança das pessoas comuns ao invés dos modelos promovidos pela propaganda Soviética. Conheceu Sartre e Simone de Beuavoir em 1965 quando ambos visitaram a Lituânia. 


Intervalo de jantar, Vilnius - 1991
Regente, Nida - 1971

Vladimir Bogdanov 

Meninos - 1989

Algumas fotos são bem interessantes. Meu olhar foi mais estético me abstendo de fazer uma apreciação política e cultural.