Direção: Simon Curtis - 2015
Duração: 109 min
Título Original: Woman in Gold
País: Reino Unido e Estados Unidos
Adaptação do livro homônimo de Anne-Marie O'Connor
Li o livro há um tempo e está postado aqui no Blog. Trata-se da história da obra-prima de Gustav Klimt, o retrato de Adele Bloch-Bauer, da história de sua família na Segunda Guerra quando os nazistas entraram na Áustria, e do roubo de obras de arte.
O filme foca mais na história do quadro, trazendo apenas através das lembranças de Maria Altmann (Helen Mirren), sobrinha de Adéle e legítima herdeira do quadro, algumas passagens do que ocorreu na Áustria, o suficiente para a compreensão do roubo e de como sua família foi atingida, para que possamos acompanhar a luta pela recuperação do quadro. Para uma história mais completa recomendo a leitura do livro.
O filme inicia nos Estados Unidos quando Maria decide tentar recuperar o quadro, após encontrar uma foto dele nas coisas de sua falecida irmã. Para isto ela pede ajuda ao filho de uma amiga, um jovem advogado , Randol (Ryan Reynolds), inexperiente ainda mas que após ir à Áustria será tocado pela história de sua família que também eram judeus e viviam lá, e com isto ele abraçará a causa de outra forma do que apenas por dinheiro.
Será uma luta árdua nos tribunais, uma vez que a Áustria não está disposta a abrir mão do que considera sua "Monalisa" e menos ainda de ter que admitir o que realmente fizeram e de como receberam os nazistas de braços abertos. Mas atualmente há pessoas no país que já não aceitam isto e se envergonham, e para tanto desejam se redimir e limpar a memória de seus antepassados. Maria e Randol terão a ajuda de Hubertus (Daniel Brühl).
A primeira tentativa na Áustria não surtirá efeitos. Eles iniciaram um processe de restituição de obras de arte roubadas, mas não destas grandes, isto eles não querem fazer. Alegam que Adéle doou em testamento o quadro ao museu, o que porém não é verdade, uma vez que o proprietário do quadro era seu marido que fugiu durante o nazismo e deixou seus bens para suas sobrinhas. E Adéle jamais teria expressado este desejo, porque era isto que era o suposto testamento, se tivesse vivido o suficiente para ver o que aconteceria em seu país.
Será preciso que surja a brecha para poder entrar com o processo nos Estados Unidos, uma vez que levar aos tribunais na Áustria é impossível pelo valor do custo. É a partir deste momento que as coisas começam a mudar.
Há filmes e livros sobre o roubo das obras de arte pelos nazistas, mas este livro e filme se diferenciam porque contam a história do quadro e da família.
Simon Curtis nasceu em 1960 em Londres, Reino Unido
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