Direção: António-Pedro Vasconcelos - 2014
Duração: 118 min
País: Portugal
Vencedor de nove categorias do Prêmio Sophia 2015
Rosa (Maria do Céu Guerra) é uma senhora de 73 anos que acaba de ficar viúva, mas ela tem imensa dificuldade em aceitar a morte de seu marido Joaquim (Nicolau Breyner). Ela mantém a urna com suas cinzas em casa e guarda seus objetos com muito cuidado. Ela continua a vê-lo e conversa com ele. Rosa mora na Lisboa antiga, e seu genro está de olho em seu apartamento para vendê-lo.
Paralelamente vamos conhecendo Jó (João Jesus) um jovem desencantado com a vida, seus amigos fazem pequenos furtos, sua mãe abandonou a ele a seu pai que é um alcoólatra e violento. Ele está completando 18 anos e justo neste dia seu pai o expulsa de casa, sem encontrar onde se refugiar ele acaba no terraço de Rosa.
No dia seguinte Rosa descobre seu "hóspede" e o acolhe. Começa uma relação de companheirismo e compreensão que ninguém é capaz de compreender, principalmente a filha de Rosa e o genro, que insistem em que ela vá para uma casa de repouso.
Um filme sobre a velhice, de como os idosos são tratados, considerados incapazes de decisões, escolhas, de ter sua vida privada como sempre tiveram antes. A história de Rosa e Joaquim é riquíssima, e tudo isto se perde diante da velhice onde ela passa a ser uma pessoa que causa preocupação à filha que não consegue deixá-la viver sua vida adulta e madura. Por outro lado vemos a situação de um jovem que nunca foi amado, que ninguém se interessa por ele, mas que tem um imenso potencial criativo e se não fosse este encontro com Rosa teria sua vida destruída.
Claro, podemos alegar que é muito difícil estes encontros, mas o que me fica principalmente é acreditar que as pessoas podem mudar, que o que elas trazem em si mesmas, independente do que a vida lhes faz,ainda podem se recuperar e ter outras escolhas. E no mundo atual estamos precisando de filmes assim.
António-Pedro Vasconcelos nasceu em 1939 em Leiria, Portugal
Música do filme:
Ana Moura - Clandestinos no Amor
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