Direção: Paul Leduc - 1986
Duração: 108 min
Título Original: Frida, Naturaleza viva
Já havia assistido ao filme Frida de Julie Taymor de 2002 que já postei aqui no blog. Agora encontrei este que é anterior e o primeiro filme sobre a pintora mexicana Frida Kahlo.
Diferentemente do segundo filme este nos mostra fragmentos da vida de Frida nos remetendo à própria pintora que teve seu corpo fragmentado e invadido por inúmeras cirurgias após o acidente que a vitimou ainda bem jovem.
Toda sua pintura se remete a ela mesma, a sua dor e vazio que ela expressa na arte.
No filme temos Frida (Ofelia Medina) que se recorda de sua vida quando está beirando a morte. Através de seus quadros ela recorda seu grande amor por Diego Rivera (Juan José Gurrola), suas participações políticas , sua vida sentimental incluindo alguns casos com mulheres e também seu caso com Trotsky (Max Kerlow) que graças as intervenções de Diego conseguiu asilo no México e ficou na casa dos Rivera onde se encantou com a beleza e personalidade da pintora.
A solidão de Frida é profunda e o vazio de seu ventre diante do desejo de ter um filho que a leva a pintar o aborto, seu corpo mutilado, uma pessoa cindida, dividida desde a infância, pai alemão e mãe mexicana, se retrata no quadro das duas Frida(s) .
Gosto muito dos quadros de Frida, apesar da dor que está ali são vivos, coloridos, sempre com fundos de natureza, plantas ou animais. A mexicanidade de Frida que aparece na maneira como ela olha para a morte e para a dor. Uma vida que sofreu reveses desde a poliomelite que teve na infância, o acidente, sua paixão por Diego Rivera, a traição deste com a irmã da pintora, mas Frida continuou e não se entregou a uma depressão ou desistência, a dor ia para os quadros mas aquelas cores fortes ainda mostravam que estava viva.
Paul Leduc nasceu em 1942 na Cidade do México
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