Direção: Liev Schreiber - 2005
Duração: 100 min
Título Original: Everything is illuminated
Baseado no livro de Jonathan Safran Foer.
Jonathan (Elijah Wood) é um jovem americano que após receber uma foto com uma corrente com a estrela de Davi decide ir até a Ucrânia atrás da mulher que salvou a vida de seu avô na Segunda Guerra Mundial. Como não fala uma palavra de ucraniano contrata um tradutor e guia, Alex (Eugene Hutz) que o acompanha junto com seu avô Alex ( Boris Leskin ) e sua cadela Sammy Davis Jr.Jr., seu cão guia, uma vez que se faz de cego.
O filme no início é leve e engraçado até, mas aos poucos, a medida que eles vão avançando pelo território da Ucrânia muitas lembranças da Segunda Guerra irão aflorar, principalmente para o avô de Alex que preferia ter esquecido tudo isto.
Jonathan tem uma estranha mania, colecionar coisas, mas sem nenhum sentido exceto as datas de quando ele coletou e que se relacionam as pessoas de sua família. Uma das peças desta coleção é um pingente que ele pegou no criado mudo de seu avô quando este faleceu. Ao olhar a foto ele reconhece o pingente no pescoço de Augustine, que seria a mulher que salvou seu avô. E também fica sabendo pela família que deveria procurar por um lugar chamado Trachembrod.
Ninguém conhece este local, mas finalmente o avô para em frente a uma plantação de girassóis e aponta uma casa e diz ao neto para ir perguntar lá. Uma senhora idosa atende Alex e após algumas tentativas ela diz para ele que ele encontrou Trachembord.
Ao entrarem na casa se deparam com muitas caixas, coleções de objetos, com datas e nomes. Como faz Jonathan. E ao lhe perguntarem se vive sozinha, diz que não e aponta para a coleção e a chama de Trachembord. Finalmente ela levara os três e o cachorro até o local onde ficava Trachembord e atualmente é sinalizada apenas por uma placa memorial com os dizeres: homenagem aos 1024 cidadãos mortos pelos nazistas em 18 de março de 1942. Então ela conta a história e o que aconteceu.
O filme é uma interação entre o passado e o presente, mas também entre alteridades, pois o avô de Alex não parece gostar muito dos judeus, e também irá surgindo no relato da história da guerra o quanto houve ucranianos anti-semitas. A cadela que no início é violenta e parece meio insana acaba se afeiçoando a Jonathan que tem pavor de cachorros. Aos poucos o avô rabugento vai mudando, ao se confrontar com seu passado ele começa a ficar calado e taciturno, ou como diz seu neto, ele parece cada vez mais aflito.
Mas será através dos objetos que este passado irá se reconstruir, e se repetir também no presente, em ambas as coleções, aquela dos que morreram e a de Jonathan no presente. Ele tenta recuperar algo que poderia ter sido sua vida se não houvesse tido a guerra, e a senhora mantém vivo o passado através dos objetos e com isto acaba não se situando no presente, pois irá perguntar se a guerra acabou ao avô de Alex. Este por sua vez terá que finalmente se confrontar com seu passado.
No início do filme se faz uma referência ao passado como algo que deve ser enterrado e fazer parte apenas de lembranças, como memória, mas o que eles aprendem é justamente que é o passado que ilumina o presente, que tudo é iluminado pelo passado vindo de dentro para fora.
As paisagens do filme são belas, os campos, as cores, há referências ao tempo da União Soviética e a curiosidade de Alex sobre como é a América.
Liev Schreiber nasceu em 1967 em São Francisco, Califórnia, EUA
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