Duração: 115 min
Título Original: Mahler
Gustav Mahler foi uma maestro e compositor judeu austríaco. O filme se passa com Mahler (Robert Powell) durante uma viagem de trem retornando à Viena com sua esposa Alma (Georgina Hale).
Durante a viagem ambos se recordam do passado. Desde a infância de Mahler e seus traumas e dificuldades da infância que refletirão em suas criações mais tarde e também na sua maneira de ser, até o momento atual, assim como Alma relembra seu início de casamento com Gustav e do quanto precisou abrir mão de seus sonhos e desejos para atender ao marido e todas as suas idiossincrasias para compor.
Mahler queria captar a natureza, mas tinha que ser o silêncio dela, e Alma tinha que calar o que havia em torno, tirando os sinos das vacas, impedindo a banda de tocar, o pastor de tocar a flauta, e ainda houve do marido que não conseguiu calar as gralhas. Ele nunca valorizou as composições dela alegando que não queria que ela sofresse o que ele sofreu na sua carreira.
Ele tenta expressar em suas músicas tudo que se passa nele mesmo, é uma viagem onírica, ele sonha e compõe, é como se fosse seu inconsciente atuando na composição. Quando ele compõe a música das crianças mortas é como se ele sentisse que algo iria ocorrer, mas não tinha palavras para isto, e de fato, coincidência ou não, uma de suas filhas morreu em seguida.
Na viagem ambos tentam compreender onde foi parar o amor que os unia. Alma tem um pretendente que a aguarda, e Mahler lhe dá a liberdade de escolha dizendo que sempre se deve fazer tudo por amor, pelo coração, não pelo dever, e se recorda de tudo que fez por dever.
Os tormentos psicológicos de Mahler, a relação conturbada com Alma, que o levou inclusive a se consultar com Freud, o que não aparece no filme, sua conversão ao catolicismo, são fragmentos de sua vida que aparece no filme mas que nos dão uma boa visão de sua vida.
Ken Russell nasceu em 1927 em Southampton, Reino Unido e faleceu em 2011 em Londres.
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