Direção: Marc Evans - 2011
Duração: 118 min
Título original: Patagonia
Em memória de Edi Dorian Jones, fotógrafo de Chubut (1952 - 2008)
Um belo filme sobre perdas, separações e reencontros, o passado e o futuro, além das belas paisagens da Patagônia e do País de Gales.
Em 1865 um navio - Mimosa - partiu de Liverpool com destino à Argentina levando vários galeses que iam em busca de uma vida melhor e da liberdade. Este navio aportou na Patagônia onde viviam as tribos nômades do povo Tehuelche. Era um deserto estéril e inóspito, mas juntos, os galeses e os nativos sobreviveram e venceram o deserto e até hoje a colônia galesa sobrevive por lá.
Duas mulheres realizam uma jornada íntima. Cerys (Marta Lubos) já é idosa e sofre de diabetes.Seu desejo é retornar à Gales e encontrar a fazenda onde nasceu sua mãe que foi enviada para a Patagônia por estar grávida de Cerys e para evitar a vergonha teve que ser afastada. Ela nunca mais retornou e se casou com um argentino que criou Cerys com ela. Ela partirá com seu vizinho Alejandro (Nahuel Pérez Biscayart) para Gales.
A outra é Gwen (Nia Roberts) que tenta engravidar de seu companheiro, o fotógrafo Rhys (Matthew Gravelle) e descobre que não pode ter filhos. Ela então resolve partir com ele para a Patagônia Galesa onde ele pretende fazer fotos das capelas, na tentativa de recuperar o relacionamento que já está desgastado, mas lá conhecerá o guia Mateo (Matthew Rhys).
Com Cerys nos apercebemos do quanto a origem fala alto, e o desejo de encontrar suas raízes, mesmo que já se esteja idosa. Alejandro que a acompanha por seu lado faz também uma passagem rumo a liberdade, ao se separar de sua mãe e viver experiências novas num país desconhecido e onde não falam a língua. Com Gwen e Rhys vemos o desencontro e a incapacidade de falar sobre tudo isto, sendo necessário viver algo diferente, vivenciar dores e afastamentos para quem sabe assim poderem se reencontrar.
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