Cousineau, Phil. Ágora, 1999
259 páginas
Tradução: Luiz Carlos Lisboa
Para quem gosta de viajar em busca de algo transformador este livro é recomendado. Cousineau não nos fala de peregrinações religiosas, apesar de citá-las também, mas principalmente do que ele chama de jornada em busca do sagrado que pode ser uma viagem, uma caminhada perto de casa, uma ida à uma livraria, ou qualquer outra forma que possa nos levar ao que consideramos e sentimos como sagrado.
A viagem é como a vida, tem o antes, o começo, o meio e o retorno. São rituais de passagens como diria o antropólogo Victor Turner. Ele faz uma diferenciação entre o turismo e a peregrinação considerando que o primeiro é uma viagem segura e com conforto que acaba não trazendo grandes transformações interiores, ao contrário da peregrinação, ou como eu chamaria, uma viagem de flaneur, de viver o local, de perceber.
A peregrinação requer um preparo não apenas prático, mas também espiritual ou pela imaginação. Haverá obstáculos a enfrentar e superar, dificuldades, mas também haverá autoconhecimento e inspiração, momentos sagrados. O importante é retornar ao lar trazendo algo de novo em si mesmo, porque a viagem não é externa, mas interior, e por isto mesmo pode inclusive ser feita onde se está. É uma viagem da alma, não do ego.
Phil Cousineau nasceu em 1952 em Columbia, Carolina do Sul - EUA
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