Zusak, Markus. Intrínseca, 2007
Tradução: Vera Ribeiro
500 páginas
"Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler."
Li este livro quando foi lançado, e é um dos que mais aprecio.
A morte sofre com o fato das pessoas não gostarem dela, ainda mais que há um pequeno fato: você vai morrer! e não tem como não encontrar com ela que ressalta que não é preciso fugir, ela só vai ao encontro de alguém quando é a hora, exceto, uma única vez em que ela esteve ao lado de uma pessoa: Liesel Meminger, por três vezes, e justamente este fato a impressiona e ela resolve então nos contar a história da menina que roubava livros.
Segunda Guerra mundial, a mãe de Liesel está a caminho para entregar os filhos para adoção, ela é comunista e perseguida pelos nazistas. No caminho o irmão de Liesel morre. O primeiro livro que ela irá roubar é o Manual do Coveiro, através do qual aprenderá a ler. Liesel é entregue a um casal alemão, Rosa e Hans Hubermann.
Será através do livros que ela roubava, ou melhor, emprestava, que Liesel dará sentido a sua vida, através das palavras e do que podem significar, palavras que irão possibilitar ao judeu Max, escondido no porão dos Hubermann a ver com seus olhos como está o dia lá fora. Será contando histórias que ela irá diminuir o medo dos que estão abrigados no porão enquanto a cidade é bombardeada.
O livro nos retrata a Alemanha durante a guerra, onde nem todos eram nazistas. Aos poucos Liesel irá se sentindo amada, e terá um melhor amigo Rudy, além de Max que está escondido dos nazistas.
Somente a morte poderia nos relatar esta história com tanta simplicidade e singeleza. Ela se espanta com o ser humano, e com a capacidade de ser bom e cruel ao mesmo tempo. Finalmente no quarto encontro com Liesel irá para buscá-la. Ela estará com 90 anos.
Markus Zusak nasceu em 1975 em Sidney, Austrália. Ele cresceu ouvindo histórias de sua mãe que era alemã sobre os nazistas, os bombardeios e os judeus e sabia que era esta história que teria que contar.
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