Direção: Martin Provost - 2013
Duração: 132 min
Cinebiografia sobre Violette Leduc, escritora francesa.
O filme se inicia com uma frase de Violette: " A feiura em uma mulher é um pecado mortal. Se você é linda, é olhada na rua pela sua beleza, se você é feia, é olhada na rua pela sua feiura."
Uma cinebiografia de Violette Leduc (Emmanuelle Devos), uma escritora francesa pouco conhecida. Ela sempre se sentiu muito só, bissexual com uma tendência maior pelas mulheres. Tem medo da perda e dificuldade com a recusa. Seu primeiro livro L'asphyxie ( A asfixia) é sobre sua mãe.
Sempre se sentiu abandonada, fez um aborto do qual carrega o fantasma, recusou-se a ajudar um amigo a se salvar dos alemães durante a guerra um pouco por vingança, uma vez que ele a havia abandonado, mas penso que o principal motivo foi que ela teria que se declarar grávida dele e isto a remetia ao trauma do aborto.
Conhece Simone de Beauvoir (Sandrine Kiberlain) que a incentiva a escrever sobre sua vida após ler A Asfixia. Simone sempre declara que se deve escrever tudo e Leduc fala de si mesmo, com sinceridade, mas de forma crua e real. É uma das primeiras mulheres a escrever sobre a sexualidade feminina sem censura, sem omitir nada, o que causa desconforto e polêmica. O jornal publica que ela fala do amor como um homem.
Apaixona-se por Simone e escreve um livro sobre isto. Esta se espanta de ser objeto de tal amor, mas não recua diante de sua publicação. Para mantê-la escrevendo Simone paga uma pensão mensal como se fosse a Gallimard, editora francesa, mas ela o descobre.
Sofre uma crise nervosa, é internada, tem alucinações com os mortos, principalmente Maurice que não ajudou a se salvar (ele morreu na guerra), sente culpa. Recebe eletrochoques.
Ficou presa a sua paixão por Simone e lhe obedece, acredita nela quando lhe diz que será uma grande escritora, mas se ressente quando esta ganha o prêmio Goncourt.
Violette é presa ao seu passado, conturbada não consegue se relacionar com ninguém e isto só aumenta sua solidão e carência. Mas a escrita a salva, e que escrita, que lhe angaria a admiração de grandes escritores e intelectuais na França como Sartre, Jean Genet e Camus, mas não a faz popular. Sua consagração como escritora virá com o livro A Bastarda que foi prefaciado por Simone de Beauvoir.
Leduc se muda para a Provence no interior da França onde vive até morrer em Faucon em 28 de maio de 1972 e sua mãe oito meses depois. Escreveu vários livros depois do sucesso de A Bastarda.
Violette Leduc
Martin Provost
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