Direção: Fernando Meirelles - 2008
Duração: 120 min
Título original: Blindness
Baseado no romance homônimo de José Saramago
Aos poucos uma estranha cegueira chamada "cegueira branca" por deixar as pessoas vendo apenas uma superfície leitosa vai tomando conta de todos os moradores de uma cidade. Inicia com um motorista no trânsito e vai avançando e se espalhando.
O medo toma conta, a paranoia e começam a isolar as pessoas afetadas que acabam sendo deixadas à própria sorte. Porém, uma única mulher (Julianne Moore), esposa do médico oftalmologista (Mark Rufallo) não fica cega, mas para não deixar seu marido sozinho, ela finge estar cega.
Ao se darem conta que estão abandonados os internos começam a lutar por suas necessidades básicas, e os piores instintos e pulsões irão aparecer. As máscaras civilizatórias caem, e tudo aquilo que uma cultura e educação reprime surge. Um dos internos se proclama rei e é ajudado pelo único ali que é realmente cego, irão exigir dos outros que seus desejos sejam realizados.
A cegueira branca, ou seja, o que não enxergamos na vida, ou o que não queremos enxergar, o pior de cada um de nós que só vemos no outro. A mulher que enxerga ainda é uma representante da luz, da civilização, mas até ela, ao ver o que não quer sucumbe. É preciso reaprender a viver, a enxergar as coisas como elas são e não como desejamos que sejam.
É um viver sem moral o que acontece no sanatório, mas é justamente quando se defrontam com o real é que surge a possibilidade de reconstruir algo. Talvez seja otimismo demais, mas não deixa de ser uma tentativa.
A reação de Saramago ao filme
Fernando Meirelles nasceu em 1955 em São Paulo, Capital.
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