Direção: Lyne Charlebois - 2008
Duração: 110 min
Título Original: Borderline
Adaptação dos livros Borderline e La Brèche de Marie-Sissi Labrèche
Quando se carrega um excesso em si qual a saída? Kiki (Isabelle Blais) coloca seu excesso no sexo. O que ela quer é fugir da rejeição, não se sente amada, mas paradoxalmente, quando encontra um homem capaz de amá-la não sabe o que fazer, se perde, não sabe fazer amor. Não compreende, fica sem jeito e quando ela vê que ele preparou o café da manhã para eles ela foge.
Ansiosa, explode, treme, a única coisa estável em sua vida é seu cachorro - Claude Vidau. Escreve maravilhosamente bem, colocando na escrita a si mesma numa tentativa de compreender e expressar. Procura ajuda, a psicanalista, a terapia de grupo. É o excesso da sexualidade como pulsão que não tem destino e vai para o sexo.
Sua vida não foi fácil, uma infância com a mãe internada em um hospital psiquiátrico e sendo criada pela avó. Ela sente uma imensa angústia, quer se compreender mas não consegue. Vive no limite, no excesso, na borda, borderline, sem fronteiras.
É o caos, e não o suportamos, precisamos ter nossas fronteiras, mas quando o excesso transborda ele tem que ir para algum lugar, e Kiki o coloca no sexo que no filme é algo de segundo plano, tem que estar ali, mas não é isto que é o importante no filme, o sexo é apenas o lugar para onde foi o excesso.
Lyne Charlebois é uma cineasta canadense
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