Direção: Michael Hoffman - 2009
Duração: 112 min
Título original: The last station ~
Roteiro: Michael Hoffman
País: Estados Unidos
Baseado no romance biográfico homônimo de Jay Parini.
O filme fala dos últimos anos de Tolstói, em 1910. Leon Tolstói (Christopher Plummer) , o grande escritor russo vive em sua propriedade Yasnaya Polyana, no entanto ele rejeita a propriedade privada e defende o pacifismo.
Sua esposa Sofya Andreyevna (Helen Mirren) se opõe ao movimento que cresce e transforma Tolstói em um santo vivo, o movimento mundial Tolstoiano que é dirigido pelo grande amigo de Tolstói, Vladimir Chertkov (Paul Giamatti). É ele quem entrevista o candidato a secretário do escritor Valentin Bulgakov (James McAvoy) que se tornará também escritor. A intenção de Chertkov e que Valentin seja uma ponte entre ele e Tolstói, uma vez que está impedido de vê-lo.
Sofya não aceita que o marido se dedique ao movimento, e suspeita que ele tenha assinado um testamento cedendo todos os direitos autorais de suas obras a eles. Ela vai lutar para que isto não aconteça, porém Tolstói fugirá dela, acompanhado de sua filha e Chertkov e durante esta fuga contrairá pneumonia vindo a falecer.
Sofya era da aristocracia, e com certeza visava seu patrimônio e de seus filhos, mas o que choca é a forma como a afastam de seu marido que a amava apesar disto e ela à ele. Estavam juntos há 48 anos e tiveram 13 filhos. Ela é afastada de sua vida por ele que acredita que deva se dedicar à sua causa e pela sua filha e o amigo do marido, a ponto de não permitirem que ela o veja quando está em seu leito de morte, apesar dela ter ido até lá. O que eles não queriam era que sua presença destruísse o ícone que fizeram dele
Quando ela lutava, brigava e falava o que sentia a tratavam como louca e ele acaba assinando o testamento após relutar muito por causa de Sofya e foge. Após sua morte a justiça restituiu os direitos autorais à ela.
Sofya pertencia ao seu mundo, e não poderia concordar em doar tudo aos pobres. Por outro lado as obras eram de Tolstói, ele as escreveu e lhe pertenciam, tinha o direito de fazer com elas o que desejava, e ele desejava torná-las de domínio público, pois acreditava tê-las escrito para o povo e não para fazer fortuna.
Não havia o certo e o errado, cada um tinha seus motivos e que estavam de acordo com a época e situação em que viviam e que respondiam às suas crenças.
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