Direção: Stéphane Brizé - 2012
Duração: 108 min
Título Original: Quelques heures de printemps
País: França
Após sair da prisão Alain (Vincente Lindon) com 48 anos se vê obrigado a voltar a viver com sua mãe (Hélène Vincent), o que será uma difícil convivência.
Ambos são teimosos e há coisas do passado que interferem, eles discutem muito, mas são calados em tudo mais. Alain é extremamente fechado, apesar de sua imensa carência de afeto e sua capacidade de dar carinho, desde que calado. Sua mãe está doente mas não fala nada, até que ele descobre que ela tem um câncer no cérebro.
Por causa das brigas ele sai de casa, vai morar no vizinho e será necessário que sua mãe se engane ao alimentar o cachorro - Calie - lhe dando veneno de rato ao invés da ração, para que os dois se falem novamente e socorram a cachorra.
Por trás disto tudo há um pai, um marido que foi agressivo, autoritário.
Seu câncer piora e ela opta pelo suicídio assistido o que na França é proibido, mas na Suíça é legal. Acertam todos os detalhes, e o filho a leva. O tempo todo reina o silêncio, e somente após ela tomar o remédio que causará sua morte, naqueles últimos segundos ela lhe dirá que o ama muito e ele consegue gemer um eu também.
Um filme que aborda a relação mãe e filho e o que causa o silêncio, a falta de diálogo e a questão da eutanásia, da morte assistida como uma escolha, o direito a ter uma morte sem dor, antes do corpo se deteriorar totalmente e causar sofrimento a todos como ocorre numa doença terminal. Ela foi até onde acreditou ser possível, quando seu quadro piorou e iria se iniciar o fim ela encerrou antes.
Stéphane Brizé nasceu em 1966 em Rennes, França.
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