Direção: Christopher Hampton - 1995
Duração: 121 min
Roteiro: Christopher Hampton
País: Reino Unido
Baseado na biografia do escritor e crítico Lytton Strachey de Michael Holroyd.
Uma cinebiografia sobre Dora Carrington (Emma Thompson) e Lytton Strachey (Jonathan Pryce), ela uma pintora e ele escritor.
1915 - Inglaterra, Dora se apaixona por Lytton, 15 anos mais velho e homossexual. O filme é sobre ela, mas quando duas pessoas são unidas por laços fortes não é possível falar de uma sem incluir a outra, portanto o filme é sobre os dois.
Encantei-me. Mostra o amor de uma mulher por um homossexual e esta relação se torna sublime. É algo que pode parecer estranho e até mesmo pouco aceito, porém perfeitamente possível.
Eles viviam juntos desde que se conheceram, um cuidava do outro. Ela era virgem e isto era polêmico para aquele círculo de Bloomsbury do qual participavam entre outros Virginia Woolf e E.M. Forster. Ela irá se envolver com homens e terá uma vida sexual porém sem prazer o que para ela só seria possível com o desejo, e ela desejava Lytton. O amor dela por ele a leva inclusive a se casar somente para mantê-lo por perto.
Lytton e Dora nunca se relacionaram como um casal, ele mantinha alguns casos, mas estava sempre por perto e em seu leito de morte ele lhe dirá finalmente que sempre a amou, que queria se casar com ela, mas nunca o fez. Esta confissão a destruiu, ela tenta o suicídio pela primeira vez, mas será salva pelo ex-marido, na segunda tentativa ela consegue, se matando com um tiro de espingarda. Ela não conseguiu viver sem ele.
Os dois se amavam, mas sem laços sociais e culturais. Eram livres. E eu a admiro pela sua coragem de viver o que sentia, mesmo que todos possam achar um absurdo. No filme o grupo não acha isto, mas eles eram diferentes e queriam acabar com a moral vitoriana.
Veja uma amostra do trabalho de Dora Carrington
Dora e Lytton
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