Direção: Woody Allen, 1983
Duração: 79 min
Roteiro: Woody Allen
País: Estados Unidos
Woody Allen nos apresenta um pseudo-documentário, onde aparecem inclusive personagens conhecidos como Susan Sontag, Saul Bellow entre outros para falar sobre a vida de Leonard Zelig, um homem-camaleão. É uma ficção, drama, sátira.
Um homem, Leonard Zelig, que com medo de não agradar aos outros transforma-se no outro feito um camaleão, acho até que é mais que isto, pois um camaleão se iguala ao meio ambiente para não ser encontrado, enquanto que Zelig quer ser amado pelo outro.
Perde sua identidade, não sabe quem é, não tem opinião. Exatamente como a maioria das pessoas, que para pertencer, não ser excluído entra na roda e dança como todos.
Depois, é o outro extremo, ele quer se afirmar e então só a opinião dele é que vale, é a verdade. Como a outra maioria das pessoas, para se auto-afirmar, se sentir forte e poderoso.
Num momento o povo o ama, no outro o odeia, conforme atenda ao que todos desejam, acham correto, é moral. Por ir contra a moral com o adultério, fraudes, passa a ser odiado. Com um feito que dá glória ao povo, atravessar o Atlântico em tempo recorde, volta a ser amado.
Enquanto isto a mídia manipula, dando ênfase a coisas absurdas ou minímas. Como sempre faz.
E o futuro é este, doutores, psiquiatras e pacientes. E ele se sente salvo pelo amor de uma mulher. É amado.
Um retrato tragicômico do que somos! Todos nós queremos ser amados, mas também queremos ser autônomos, então viramos pequenos camaleões.
Assista ao trailer
Woody Allen nasceu em 1935 em Nova Iorque. É cineasta, roteirista, escritor, ator e músico. Foi indicado 23 vezes ao Oscar e ganhou três vezes o de melhor roteiro original e uma de melhor diretor.
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