Saramago, José. Companhia das Letras, 1997
672 páginas
Gosto muito de Saramago, e quando aprecio um escritor gosto de saber mais sobre ele, como foi sua vida, onde viveu, qual o contexto histórico e social em que esteve inserido.
Cadernos de Lanzarote são como um diário de Saramago, contam seu dia a dia de trabalho, viagens, encontros e suas opiniões políticas, literárias e culturais. Ele não se aprofunda em sua vida pessoal e íntima, apesar de fazer alguns comentários referentes.
O interessante é ver como nasce um livro, sua trajetória, e ter a percepção que escrever não é fácil, às vezes leva muito tempo para se colocar no papel ou no computador o que depois lemos em tão pouco tempo.
A vida cansativa, muitas viagens para divulgar os livros, convites que não param de chegar, e ele já tem certa idade, não tem mais o vigor da juventude.
Estes cadernos são escrito quando ele já vive em Lanzarote nas Ilhas Canárias, de onde vem o título. Estas ilhas possuem uma beleza árida, vulcânica que mudam dia a dia. Uma grande mágoa de Saramago é ter sido melhor acolhido pela Espanha do que por seu país, Portugal.
Li este livro lentamente, quase que no ritmo que ele foi escrito, um pouco a cada dia.
Recebeu o Nobel de Literatura em 1998 e o Prêmio Camões em 1995.
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