sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

LIVRO: A PESTE - ALBERT CAMUS



Camus, Albert. Record, 2009 - 18ª Edição
Título Original: La Peste
Tradução: Valerie Rumjanek Chaves
218 páginas.

A PESTE - UMA DOENÇA OU UM SISTEMA DE VIDA?

A peste no livro é uma doença, mas também uma metáfora do que é a vida quando nos sentimos ou estamos inconscientemente presos a um sistema, a um espaço, temos medo mas desejamos a liberdade, queremos fugir, ir embora, mas não conseguimos.

O livro tem como epígrafe uma frase de Daniel Defoe: " É tão válido representar um modo de aprisionamento por outro quanto representar qualquer coisa que existe realmente por alguma coisa que não existe."

Nunca aceitamos uma calamidade, algo que interrompa o cotidiano, nossos hábitos, que interfira no nosso dia a dia. Queremos fugir, não ver. Recusamos, queremos o bom, ou pelo menos o cotidiano, que não se altere. Mas o ruim também existe, não há como escapar.

Diante da tragédia, da calamidade, do exílio, que pode ocorrer mesmo sem ter a cidade fechada uma vez que nos exilamos na dor, nos afastamos dos outros. Vem a nostalgia, o passado, mas que dói, por tudo que houve e que não houve e não conseguimos imaginar o futuro, pois não sabemos quanto tempo vai durar a peste.

Uma alegoria à Segunda Guerra Mundial, mas também uma forma de falar de si mesmo diante das tragédias e contingências da vida.

Camus nasceu em 1913 em Mondovi (atualmente Dréan) Argélia e faleceu em 1960 em Villeblevin vítima de um acidente de carro. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1957. Além de um grande escritor  foi também jornalista e esteve engajado na Resistência Francesa.


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