Direção: Russel Crowe - 2014
Duração: 105 min
Título Original: The Water Diviner
Filme dirigido por Russel Crowe que faz o papel do protagonista. Joshua Connor (Russel Crowe) vive na Austrália com sua esposa Ayshe (Olga Kurylenko). Ao regressar para casa à noite ela está limpando as botas de um dos filhos e lhe pede para ler para eles alegando que é o melhor momento do dia. Logo percebemos que os filhos não estão ali. Eles morreram na guerra, na Batalha de Gallipoli em 1919 na Turquia. Ayshe o acusa de nunca os ter trazido de volta. A dor de uma mãe que perde os três filhos é muito forte e ela acaba se suicidando. Diante disto Joshua promete em seu túmulo que vai buscá-los para que sejam enterrados ao lado da mãe.
A partir daqui não leia se pretende assistir ao filme.
Joshua consegue localizar os corpos de dois de seus filhos, porém o mais velho escapou vivo da batalha. Começa então a procura por ele que acabará sendo encontrado. A grande questão do filme é porque ele não voltou? Aqui vou falar em termos psicanalíticos. Quando eram crianças o pai sempre dizia ao mais velho para que não voltasse para casa sem os irmãos. E isto ficou gravado. Como ele poderia voltar? sem os irmãos? Na infância diante de uma tempestade de areia ele havia cumprido sua promessa, e permanecido com os irmãos até a chegada do pai, mas na guerra ele acredita que falhou.
O que o filme deixa muito evidente é a força de uma palavra, de uma frase dita seja pelo pai ou pela mãe na infância que fica registrada e não permite modificações, mesmo quando já somos adultos, a menos que consigamos falar disto e encontrar possibilidades de mudar. É o que acontece quando ele o diz para o pai, mas mesmo assim não quer voltar e só o fará quando o pai disser outra frase para ele.
A Batalha de Gallipoli foi terrível, um massacre, e o filme também relembra um pouco deste triste episódio.
Russel Crowe nasceu em 1964 em Wellington, Austrália.
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